Semana do Meio Ambiente 2023: Combata a poluição plástica!

9 de junho de 2023
Com o tema Combata a poluição plástica, o dia mundial do meio ambiente de 2023 busca alertar para os efeitos que o plástico tem exercido sobre os ecossistemas urbanos e naturais. 

O plástico revolucionou a composição dos resíduos sólidos de maneira expressiva. Ao ser inserido nas residências e na indústria modificou e ampliou a maneira de consumir da sociedade. Diferente da maioria dos resíduos sólidos urbanos, o plástico está presente no nosso dia a dia há pouco mais de 160 anos. Desde o início de sua produção, em 1850, teve rápida expansão, entretanto, sua consolidação se deu após a segunda guerra mundial. Sua capacidade de ser ao mesmo tempo leve e resistente, vem suprindo necessidades do ser humano e permite avanços tecnológicos, facilidade de logística, asseio e higiene. Os meios de transporte como, por exemplo, automóveis e aviões, ficaram muito mais leves e, assim, passaram a ter um custo de fabricação e manutenção mais acessível aliado ao melhor rendimento, auxiliando sua rápida difusão, tal como seu uso em ambientes hospitalares, facilitando acesso a veias de pacientes, modernizando a aplicação de vacinas, entre outros usos que os materiais plásticos possuem.

A breve história do plástico em nossa sociedade não é marcada apenas por transformações positivas. As embalagens de papel, vidro e pano, materiais com reciclagem e reaproveitamento mais fáceis, foram substituídas por embalagens plásticas de difícil decomposição natural. Se, por um lado o uso do plástico permitiu maior higiene e menor proliferação de microrganismos, por outro ampliou a velocidade da descartabilidade, característica marcante da sociedade de consumo atual.

A sociedade humana produz todos os anos cerca de 400 milhões de toneladas de plástico. A descartabilidade faz com que metade desse quantitativo seja usada apenas uma vez. Desse montante, menos de 10% é reciclado. Anualmente os estudos demonstram que 19 a 23 milhões de toneladas acabem em lagos, rios e mares. O plástico avoluma nossos aterros sanitários, se acumula no oceano sendo também transformado em fumaça tóxica, o que o torna uma das maiores ameaças ao planeta.

Existem vários estudos que relatam a quantidade de lixo no oceano pacífico que mostram que os detritos podem chegar a 100 milhões de toneladas e que grande parte é devido a sacolas e embalagens plásticas. Em todos os oceanos esse quantitativo ultrapassa 171 trilhões de partículas plásticas que, reunidas, podem pesar mais de 2,3 milhões de toneladas, segundo estudo que analisou dados de 1979 até 2019, publicado em março deste ano.

O plástico jogado por toda a população mundial representa, sem dúvida, a maior quantidade de material flutuante nos oceanos, e as correntes marinhas facilitam o encontro destes em alguns pontos. Em um estudo publicado em 2013, estimou-se que a concentração média de plásticos nos oceanos é de 8966,3 peças por Km2 e foi demonstrado que os níveis de contaminação por plástico nas águas de superfície da Austrália são similares àqueles no Mar do Caribe e do Golfo do Maine, mas consideravelmente menor do que os encontrados nos mares subtropicais e Mar Mediterrâneo. Infelizmente já não são raras as cenas de animais mortos por ingestão de sacolas plásticas e outros produtos plásticos descartados de forma irregular nos ecossistemas aquáticos. 

A difícil e demorada decomposição dos plásticos faz surgir outro perigo: os microplásticos, pequeninos pedaços plásticos de menos de 5 milímetros. Microplásticos têm o potencial de afetar organismos desde megafauna a pequenos peixes e zooplâncton e seres humanos. Pesquisadores da Universidade Stanford publicaram um estudo em novembro do ano passado mostrando que baleias azuis engolem 10 milhões de microplásticos por dia através da sua alimentação. Ou seja, essas substâncias estão se acumulando ao longo da cadeia alimentar e causando prejuízos a biodiversidade aquática e, consequentemente a produtividade dos nossos ecossistemas. 

Nos humanos, estudos em diversas partes do mundo mostram que os microplásticos já estão presentes no sangue e outras partes do corpo como epitélio pulmonar. Estudos iniciais realizados na Universidade de São Paulo (USP) já apontam que microplásticos advindos do nylon prejudicam o desenvolvimento de células pulmonares comprometendo a defesa das vias áreas respiratórias. Há ainda estudos que microplásticos em andamento para investigar a ação dessas substâncias como compostos desreguladores endócrinos (CPE), isto é, que prejudicam o funcionamento dos hormônios em nosso organismo, sobretudo por conta de cosméticos e plásticos.

É nesse alarmante cenário que o Dia Mundial do Meio Ambiente traz o combate à poluição plástica como tema central para o ano de 2023. É necessário engajamento real de governos, empresas e sociedade civil com políticas públicas locais, nacionais e globais para reverter este processo, que descortina como o metabolismo industrial humano está absolutamente deficitário. 

É o caminho apontado pelo Relatório apresentado em maio de 2023 pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA): reduzir em 80% a poluição plástica até 2040. Com metas concretas que visam o mercado e sua a forma de produção, “Fechando a torneira: como o mundo pode acabar com a poluição plástica e criar uma economia circular”, traz um roteiro a ser seguido por governos e empresas para promover políticas de reutilização que assegurem sua constância na cadeia produtiva, remover os subsídios a combustíveis fósseis, criar designs que ampliem o poder de reciclabilidade de plásticos em 50%. O PNUMA ainda aponta políticas para a necessária substituição de plásticos por outros materiais como papel e compostáveis.

O cenário está posto. Conhecimento, tecnologia e inventividade nos trouxeram até aqui, com os frutos positivos e negativos e as alegrias e dores desse processo. Rever nosso metabolismo industrial, repensar nossas escolhas como sociedade e agir coletivamente por um objetivo é, talvez, o grande desafio dos próximos anos para identificarmos qual caminho deixaremos para as futuras gerações e para o planeta Terra, o lugar em que vivemos e o único em que podemos viver. 

Que o dia 05 de junho reverbere em nós, cotidianamente, o mais belo, natural e humano que há.

Texto: Marcelo Côrtes Silva
           Doutor em História das Ciências, das Técnicas e Epistemologia - UFRJ
            Docente do Colégio de Aplicação da UFRJ
            Apoiador e entusiasta das ações do ILPS 


Dirt road through lush green forest; sign reads
19 de agosto de 2025
O debate em torno do Projeto de Lei do Licenciamento Ambiental tem ocupado espaço central nas discussões sobre políticas públicas no Brasil. A proposta de revisão das regras, defendida por diversos setores produtivos há anos, ganhou novo impulso com a edição do decreto presidencial que regulamenta pontos sensíveis do texto. O decreto, publicado após intensa interlocução com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, incorporou sugestões da pasta e representou um ponto de equilíbrio importante: buscou-se preservar a necessária modernização do processo de licenciamento, mas com a retirada de flexibilidades que poderiam ampliar riscos ambientais. Desde o início, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima expressou preocupação com dispositivos do PL que, na visão da equipe técnica, poderiam fragilizar os mecanismos de prevenção e controle. Entre os pontos mais sensíveis estavam as hipóteses de dispensa automática de licenciamento para determinadas atividades, a simplificação excessiva dos estudos de impacto ambiental e os prazos considerados inadequados para análise pelos órgãos licenciadores. Esses temas foram objeto de intenso diálogo interministerial e resultaram em mudanças relevantes no decreto final. Uma das alterações mais importantes diz respeito às hipóteses de licenciamento por adesão e compromisso. A redação original do PL previa a aplicação desse modelo simplificado a um conjunto relativamente amplo de atividades, o que, na avaliação do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, poderia abrir brechas para que empreendimentos com potencial significativo de impacto fossem submetidos a uma análise insuficiente. O decreto introduziu uma regra mais clara de enquadramento, restringindo a aplicação da adesão e compromisso aos casos em que haja, previamente, uma comprovação formal de baixo impacto ambiental. Além disso, ficou estabelecido que a implementação desse modelo deverá ser precedida da elaboração de critérios detalhados, com consulta aos órgãos ambientais estaduais. Outro ponto sensível envolvia a dispensa total de licenciamento para atividades consideradas tradicionais ou de menor porte. Embora o objetivo de reduzir custos e burocracia para pequenos empreendedores seja legítimo, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima alertou que a ausência de qualquer instrumento de controle dificultaria a identificação de impactos cumulativos, especialmente em regiões ambientalmente frágeis. A versão final do decreto eliminou a previsão de dispensa automática e substituiu esse mecanismo por um procedimento simplificado, mas ainda submetido à análise prévia das autoridades ambientais em cada caso. Com isso, manteve-se a possibilidade de agilizar processos, mas preservando um nível mínimo de verificação técnica. Outro ajuste relevante teve relação com os prazos. O texto original estabelecia prazos rígidos para a manifestação dos órgãos ambientais, com aprovação tácita caso o prazo expirasse sem uma decisão formal. O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima argumentou que essa regra poderia ser contraproducente, na medida em que situações complexas demandam estudos detalhados e articulação com outros órgãos públicos. O decreto manteve a diretriz de assegurar celeridade, mas eliminou o mecanismo de aprovação tácita. Em seu lugar, foram introduzidas diretrizes para melhoria da gestão processual, incluindo metas de desempenho e digitalização obrigatória dos procedimentos, o que pode aumentar a eficiência de forma mais consistente. Também merece destaque a alteração na parte relativa aos estudos ambientais. O PL original autorizava a possibilidade de utilização de estudos simplificados em um número significativo de casos, com eventual dispensa dos EIA/RIMA (Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental). Após diálogo com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, o decreto passou a exigir que a adoção de estudos simplificados esteja condicionada à existência de diretrizes previamente definidas por resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente, garantindo assim a participação de especialistas e da sociedade civil na definição desses parâmetros. No que diz respeito às competências de outros órgãos, o decreto também introduziu um ajuste importante. O texto original podia ser interpretado como uma limitação da competência dos órgãos de patrimônio cultural e de povos indígenas na fase de licenciamento. A nova versão reforça a obrigatoriedade de consulta e manifestação dessas instituições nos casos em que o empreendimento impacte áreas de valor histórico, cultural ou terras de povos originários. Segundo o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, essa medida foi fundamental para assegurar a conformidade do novo marco com a legislação federal e com compromissos internacionais assumidos pelo Brasil. A articulação entre os entes federativos, outro tema sensível, também foi contemplada. Enquanto o PL previa a possibilidade de os estados adotarem regramentos específicos, havia receio de que isso levasse a padrões muito diferentes entre os territórios, podendo gerar distorções competitivas ou mesmo uma “corrida regulatória”. O decreto manteve a autonomia dos estados, mas estebeleceu que qualquer regra específica deverá respeitar parâmetros mínimos de proteção ambiental definidos em âmbito federal. Dessa forma, buscou-se equilibrar a flexibilidade regional com a necessidade de uniformidade nacional. Por fim, deve-se registrar que o decreto avançou ainda em aspectos operacionais. Foram incluídas diretrizes para reforçar a capacitação dos técnicos responsáveis pelo licenciamento e para ampliar o uso de sistemas informatizados, com objetivo de reduzir a dispersão de informações e permitir maior transparência e previsibilidade. O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima ressaltou que essas medidas eram fundamentais para garantir que a agilidade pretendida pelo PL pudesse ser alcançada sem comprometer as salvaguardas ambientais. Conclusão As mudanças incorporadas ao decreto presidencial refletem um esforço claro de conciliar diferentes expectativas. Ao atender às principais recomendações do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, o texto final eliminou flexibilidades que poderiam comprometer a integridade do processo de licenciamento, especialmente em temas como dispensa automática, aprovação tácita e utilização indiscriminada de estudos simplificados. Ao mesmo tempo, foram preservados instrumentos capazes de conferir maior agilidade e eficiência, como o licenciamento por adesão nos casos de baixo impacto, a simplificação procedimental e o uso de tecnologia. Trata-se, portanto, de um avanço importante no sentido de modernizar o licenciamento ambiental no Brasil, mantendo o equilíbrio entre desenvolvimento e proteção ambiental – princípio essencial para qualquer política pública contemporânea.
Um cavalo branco pasta na grama em uma floresta escura com árvores altas.
4 de agosto de 2025
As florestas são muito mais do que meras coleções de árvores; são ecossistemas dinâmicos e complexos que desempenham um papel insubstituível na manutenção da vida e do equilíbrio ambiental em nosso planeta. De florestas tropicais úmidas a densas florestas boreais, passando por florestas temperadas e manguezais costeiros, cada tipo de floresta contribui de maneira única para a saúde global. Compreender sua importância multifacetada é crucial para a construção de um futuro verdadeiramente sustentável. Reguladores Climáticos Globais Um dos serviços ecossistêmicos mais vitais prestados pelas florestas é a regulação climática. Através da fotossíntese, as árvores absorvem grandes quantidades de dióxido de carbono (CO2), um dos principais gases de efeito estufa, e liberam oxigênio. Esse processo as torna sumidouros de carbono essenciais, mitigando o aquecimento global. Por exemplo, a Floresta Amazônica, a maior floresta tropical do mundo, armazena bilhões de toneladas de carbono e influencia os padrões climáticos de todo o continente sul-americano, inclusive a formação de chuvas em regiões distantes. Da mesma forma, as vastas florestas boreais (taiga) que se estendem pela América do Norte, Europa e Ásia, embora em climas mais frios, também representam um gigantesco reservatório de carbono, especialmente em seus solos ricos em matéria orgânica. Guardiãs da Água As florestas desempenham um papel central no ciclo hidrológico, influenciando a disponibilidade e a qualidade da água. Elas atuam como esponjas naturais, absorvendo a água da chuva e liberando-a gradualmente para rios e aquíferos, o que ajuda a prevenir inundações e a manter o fluxo de água durante períodos de seca. Suas raízes estabilizam o solo, prevenindo a erosão e o assoreamento de corpos d'água. Um exemplo claro é a Floresta da Bacia do Congo, que, assim como a Amazônia, contribui para a formação de chuvas e a manutenção de vastos sistemas fluviais que abastecem milhões de pessoas e ecossistemas dependentes da água. Em regiões temperadas, como as florestas de sequoias na Califórnia, a densa vegetação ajuda a reter a umidade do solo e a regular o fluxo de riachos, essenciais para a vida selvagem e o abastecimento humano. Santuários de Biodiversidade As florestas são os maiores reservatórios de biodiversidade terrestre, abrigando uma vasta gama de espécies de flora e fauna. Embora cubram aproximadamente 30% da superfície terrestre, elas concentram mais de 80% das espécies de anfíbios, 75% das aves e 68% dos mamíferos conhecidos. A diversidade biológica é fundamental para a resiliência dos ecossistemas e para a descoberta de novos recursos. A Floresta Atlântica, no Brasil, é um hotspot de biodiversidade global, com altíssimos níveis de endemismo, abrigando espécies únicas como o mico-leão-dourado. As florestas tropicais da Indonésia e Malásia são lares para orangotangos e tigres, além de uma miríade de plantas com potencial medicinal ainda inexplorado. Mesmo as florestas de eucalipto na Austrália, com sua biodiversidade mais especializada, sustentam ecossistemas complexos e espécies icônicas como os coalas. Provedoras de Recursos e Valor Cultural Além dos serviços ambientais, as florestas fornecem uma gama de recursos naturais essenciais para a subsistência humana e o desenvolvimento econômico. Isso inclui madeira, alimentos (frutas, nozes, cogumelos), fibras, plantas medicinais e outros produtos não madeireiros. Muitas comunidades tradicionais e indígenas em todo o mundo dependem diretamente das florestas para sua sobrevivência e cultura. Por exemplo, as florestas de coníferas na Escandinávia são uma fonte vital de madeira para a indústria madeireira e de papel, enquanto as florestas de bambu na Ásia fornecem material para construção, artesanato e alimentação. Além disso, as florestas possuem um valor cultural e espiritual profundo para diversas sociedades, sendo locais de rituais, tradições e conexão com a natureza. Elas também oferecem oportunidades para o ecoturismo, a pesquisa científica e a educação ambiental, gerando benefícios socioeconômicos. Desafios e o Caminho para a Sustentabilidade Apesar de sua importância, as florestas globais enfrentam ameaças crescentes, como desmatamento para agricultura e pecuária, exploração madeireira ilegal, incêndios florestais e mudanças climáticas. A perda de florestas não apenas libera carbono na atmosfera, mas também compromete a biodiversidade, a disponibilidade de água e a resiliência dos ecossistemas. No entanto, há um crescente reconhecimento da necessidade de proteger e restaurar esses ecossistemas. Iniciativas de reflorestamento, manejo florestal sustentável, criação de áreas protegidas e o desenvolvimento de políticas de conservação são cruciais. A colaboração entre governos, comunidades locais, setor privado e organizações não governamentais é fundamental para reverter a degradação e garantir que as florestas continuem a prosperar. Conclusão: Investindo na Natureza para um Futuro Resiliente As florestas são, em sua essência, os pilares da sustentabilidade global. Elas regulam nosso clima, purificam nossa água, abrigam a maior parte da vida terrestre e fornecem recursos vitais. Proteger e restaurar as florestas não é apenas uma questão ambiental, mas uma estratégia fundamental para a segurança hídrica, alimentar e climática da humanidade. Ao investir na conservação e no manejo sustentável desses ecossistemas, estamos investindo em um futuro mais resiliente, equitativo e próspero para todos. As soluções baseadas na natureza que as florestas oferecem são indispensáveis para enfrentar os maiores desafios do nosso tempo e construir uma relação harmoniosa entre a humanidade e o planeta.
A humpback whale is swimming in the ocean.
16 de julho de 2025
Todos os anos, entre os meses de julho e novembro, um espetáculo silencioso e majestoso toma conta do litoral brasileiro — a migração das baleias, em especial das jubartes, que escolhem nossas águas para descansar, acasalar e, muitas vezes, dar à luz. Aqui, na região de Arraial do Cabo (RJ), esse fenômeno natural pode ser vivido de perto, com sorte e respeito, através do avistamento desses animais incríveis em seu habitat. O Instituto Luísa Pinho Sartori convida todos a participarem de uma saída especial de observação de baleias no dia 26 de julho, com o objetivo de promover a educação ambiental e o encantamento pela biodiversidade marinha. Quais baleias passam por aqui? As espécies mais comumente avistadas na costa fluminense são a baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae) e a baleia-de-bryde (Balaenoptera brydei). A jubarte é a estrela da temporada de inverno: adulta, pode chegar a 16 metros e pesar mais de 40 toneladas. É conhecida por seus saltos acrobáticos e pelos longos cantos emitidos pelos machos, que podem durar até 20 minutos. Já a baleia-de-bryde, observada com frequência em Arraial do Cabo em anos anteriores, é uma espécie de hábitos mais costeiros. Ela pode ser vista durante todo o ano, especialmente nas estações mais quentes, alimentando-se de cardumes de sardinhas e outros peixes pelágicos. Seu corpo esguio e as três cristas na cabeça ajudam a distingui-la de outras baleias. Por que elas estão aqui? Esses gigantes do mar percorrem milhares de quilômetros todos os anos. As jubartes, por exemplo, vêm das águas geladas da Antártida, onde se alimentam durante o verão. Quando o inverno se aproxima, elas sobem para águas tropicais e subtropicais, como as do litoral brasileiro, para se reproduzir e parir em águas mais quentes e protegidas. O litoral do estado do Rio de Janeiro, especialmente a região de Arraial do Cabo, se tornou rota importante dessa migração por oferecer águas relativamente calmas e ricas em vida, além de um ambiente propício ao descanso dos animais. Apesar de incomum, em junho de 2024 um raro e emocionante acontecimento marcou a costa do Rio de Janeiro: o nascimento de um filhote de baleia-jubarte nas águas próximas à Praia da Barra. O registro, feito por banhistas e biólogos, chamou a atenção, já que as jubartes costumam. O nascimento do filhote (apelidado carinhosamente de Bossa Nova) foi celebrado como um sinal positivo da recuperação da espécie e também um alerta sobre a importância da preservação dos oceanos e da vida marinha. Uma história de conservação bem-sucedida Há poucas décadas, avistar uma jubarte na costa brasileira era raríssimo. A caça comercial havia levado a espécie à beira da extinção. Mas graças à proibição da caça de baleias no Brasil, em 1987, e ao esforço contínuo de conservação, a população de jubartes se recuperou de forma impressionante — de cerca de 2 mil indivíduos para mais de 25 mil atualmente. Um convite à contemplação e ao respeito Observar uma baleia em liberdade é uma experiência transformadora — e também uma ferramenta poderosa de educação ambiental. Ao promover esse avistamento, o Instituto reafirma seu compromisso com a valorização da biodiversidade e a sensibilização das pessoas para a importância de proteger nossos oceanos. Participe conosco no dia 26 de julho e venha testemunhar a beleza das gigantes do mar!
Um grupo de jovens convervacionistas está trabalhando em um jardim.
Por BC Marketing 27 de março de 2025
Descubra como o Instituto Luísa Pinho Sartori apoia jovens conservacionistas e promove a conservação ambiental, bioeconomia e soluções baseadas na natureza.
A redução do desmatamento na Mata Atlântica alcançou 55% no 1º semestre de 2024. Descubra as causas,
Por Contato ILPS 13 de março de 2025
A redução do desmatamento na Mata Atlântica alcançou 55% no 1º semestre de 2024. Descubra as causas, desafios e o impacto dessa conquista!
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Descubra como a educação ambiental pode se adaptar aos tempos modernos para inspirar crianças, jovens e adultos a protegerem a natureza! Leia mais.
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Por BC Marketing 4 de novembro de 2024
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Por BC Marketing 28 de outubro de 2024
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