Curiosidades sobre Unidades de Conservação no Brasil

Maria Luiza de Oliveira Castro • 14 de junho de 2023

Recentemente escutei de um amigo que fazer pesquisas na internet há cerca de 15-20 anos seria mais fácil do que atualmente e, a partir da minha pesquisa sobre áreas naturais protegidas, estou inclinada a concordar. 


Ao digitar parques nacionais no Brasil, o google me levou a inúmeras páginas de turismo, cada uma com um artigo próprio, sem muitas referências confiáveis.


Mudei a forma de busca e digitei SNUC, que significa Sistema Nacional de Unidades de Conservação e a partir daí passei a obter informações mais confiáveis em minha pesquisa.


De acordo com a Lei Federal nº9985/2000 , que institui o SNUC, são definidas duas categorias de manejo:


• UCs de proteção integral;

• UCs de uso sustentável.


A primeira categoria é subdivida em cinco tipos:


• Estação ecológica, 

• Reserva biológica, 

• Parque nacional,

• Monumento Natural,

• Refúgio da vida silvestre.


A segunda categoria, de uso sustentável, também possui alguns tipos. São 7 ao todo:


• Área de proteção ambiental (APA),

• Área de relevante interesse ecológico (ARIE);

• Floresta nacional (FLONA);

• Reserva extrativista (RESEX);

• Reserva de fauna;

• Reserva de desenvolvimento sustentável (RDS);

• Reserva particular do patrimônio natural (RPPN).


Pretendo discorrer sobre cada um desses tipos em artigos futuros.


A partir do painel de unidades de conservação brasileiras , podemos acessar as principais informações acerca das unidades de conservação brasileiras. 

Existem no país 2659 unidades de conservação cadastradas, sendo 851 de proteção integral e 1808 de uso sustentável. A área total protegida no Brasil é realmente impressionante: 256.536.634 hectares ou 2.565.366,34 km2, somando a abrangência em terra e no mar. Na parte terrestre, isso significa que 18,80% do nosso território é classificado como unidade de conservação. Na parte marinha, 26,48% é considerado UC. 


Dentre as UCs de proteção integral, estamos falando de 520 parques (federais, estaduais e municipais), 90 refúgios da vida silvestre, 101 estações ecológicas, 67 reservas biológicas, 73 monumentos naturais. Já considerando as UCs de uso sustentável, são 416 APAs, 83 ARIEs, 39 RDSs, 108 FLONAs, 96 RESEXs, 1066 RPPNs. Não há registro ainda de reserva de fauna no Brasil.


Outra curiosidade dessa abordagem é que, de acordo com Art. 26 da Lei Federal nº 9985/2000, quando existir um conjunto de unidades de conservação de categorias diferentes ou não, próximas, justapostas ou sobrepostas, e outras áreas protegidas públicas ou privadas, constituindo um mosaico, a gestão do conjunto deverá ser feita de forma integrada e participativa, considerando-se os seus distintos objetivos de conservação, de forma a compatibilizar a presença da biodiversidade, a valorização da sociodiversidade e o desenvolvimento sustentável no contexto regional. São reconhecidos 14 mosaicos no Brasil, uma espécie de terroir da conservação.


Apesar de sua área ser apenas de 4.375.048 ha, o estado que mais possui Unidades de Conservação é o Rio de Janeiro, com 360 UCs cadastradas no SNUC, tendo 26% do seu território sendo considerado UC. O estado que mais possui área natural protegida é o da Bahia, em que 55.264.730 ha é ocupado por algum tipo de UC. Esse valor supera até o do Amazonas, que possui 44.932.044ha ocupado por UCs.


Apesar do SNUC ter sido criado apenas em 2000, áreas naturais protegidas existem há bastante tempo no nosso país. O primeiro ato de criação de uma área natural protegida no Brasil é de 1934, quando foi criado o Horto Florestal no município de Lorena, São Paulo. Hoje essa área é conhecida como Floresta Nacional de Lorena, uma UC de uso sustentável que ocupa uma área relativamente pequena, de 249,31 ha. Demais informações acerca da FLONA Lorena podem ser obtidas no Plano de Manejo dessa UC.


A categoria Floresta Nacional é definida no artigo 17 do SNUC como uma área com cobertura florestal de espécies predominantemente nativas e tem como objetivo básico o uso múltiplo sustentável dos recursos florestais e a pesquisa científica, com ênfase em métodos para exploração sustentável de florestas nativas. No Brasil há 108 FLONAS, sendo que a maior parte delas se encontra no Bioma Amazônia. Elas abrangem 31.401.037 ha do território nacional e não são tão representativas assim em relação aos demais tipos de UCs: apenas 4,06% das UCs são FLONAS. 


O Instituto Luísa Pinho Sartori tem incentivado trabalhos de conservação em algumas UCs do estado do Rio de Janeiro. Falaremos sobre isso nas próximas postagens.


Maria Luiza de Oliveira Castro (Malu) é Engenheira Ambiental formada na UFV, Engenheira de Segurança do Trabalho formada na USP, com MBA em Gestão Empresarial pela FGV e pós graduação em Mundo 4.0 e Soft Skills pela USP. Malu é voluntária no Instituto Luísa Pinho Sartori.


Dirt road through lush green forest; sign reads
19 de agosto de 2025
O debate em torno do Projeto de Lei do Licenciamento Ambiental tem ocupado espaço central nas discussões sobre políticas públicas no Brasil. A proposta de revisão das regras, defendida por diversos setores produtivos há anos, ganhou novo impulso com a edição do decreto presidencial que regulamenta pontos sensíveis do texto. O decreto, publicado após intensa interlocução com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, incorporou sugestões da pasta e representou um ponto de equilíbrio importante: buscou-se preservar a necessária modernização do processo de licenciamento, mas com a retirada de flexibilidades que poderiam ampliar riscos ambientais. Desde o início, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima expressou preocupação com dispositivos do PL que, na visão da equipe técnica, poderiam fragilizar os mecanismos de prevenção e controle. Entre os pontos mais sensíveis estavam as hipóteses de dispensa automática de licenciamento para determinadas atividades, a simplificação excessiva dos estudos de impacto ambiental e os prazos considerados inadequados para análise pelos órgãos licenciadores. Esses temas foram objeto de intenso diálogo interministerial e resultaram em mudanças relevantes no decreto final. Uma das alterações mais importantes diz respeito às hipóteses de licenciamento por adesão e compromisso. A redação original do PL previa a aplicação desse modelo simplificado a um conjunto relativamente amplo de atividades, o que, na avaliação do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, poderia abrir brechas para que empreendimentos com potencial significativo de impacto fossem submetidos a uma análise insuficiente. O decreto introduziu uma regra mais clara de enquadramento, restringindo a aplicação da adesão e compromisso aos casos em que haja, previamente, uma comprovação formal de baixo impacto ambiental. Além disso, ficou estabelecido que a implementação desse modelo deverá ser precedida da elaboração de critérios detalhados, com consulta aos órgãos ambientais estaduais. Outro ponto sensível envolvia a dispensa total de licenciamento para atividades consideradas tradicionais ou de menor porte. Embora o objetivo de reduzir custos e burocracia para pequenos empreendedores seja legítimo, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima alertou que a ausência de qualquer instrumento de controle dificultaria a identificação de impactos cumulativos, especialmente em regiões ambientalmente frágeis. A versão final do decreto eliminou a previsão de dispensa automática e substituiu esse mecanismo por um procedimento simplificado, mas ainda submetido à análise prévia das autoridades ambientais em cada caso. Com isso, manteve-se a possibilidade de agilizar processos, mas preservando um nível mínimo de verificação técnica. Outro ajuste relevante teve relação com os prazos. O texto original estabelecia prazos rígidos para a manifestação dos órgãos ambientais, com aprovação tácita caso o prazo expirasse sem uma decisão formal. O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima argumentou que essa regra poderia ser contraproducente, na medida em que situações complexas demandam estudos detalhados e articulação com outros órgãos públicos. O decreto manteve a diretriz de assegurar celeridade, mas eliminou o mecanismo de aprovação tácita. Em seu lugar, foram introduzidas diretrizes para melhoria da gestão processual, incluindo metas de desempenho e digitalização obrigatória dos procedimentos, o que pode aumentar a eficiência de forma mais consistente. Também merece destaque a alteração na parte relativa aos estudos ambientais. O PL original autorizava a possibilidade de utilização de estudos simplificados em um número significativo de casos, com eventual dispensa dos EIA/RIMA (Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental). Após diálogo com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, o decreto passou a exigir que a adoção de estudos simplificados esteja condicionada à existência de diretrizes previamente definidas por resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente, garantindo assim a participação de especialistas e da sociedade civil na definição desses parâmetros. No que diz respeito às competências de outros órgãos, o decreto também introduziu um ajuste importante. O texto original podia ser interpretado como uma limitação da competência dos órgãos de patrimônio cultural e de povos indígenas na fase de licenciamento. A nova versão reforça a obrigatoriedade de consulta e manifestação dessas instituições nos casos em que o empreendimento impacte áreas de valor histórico, cultural ou terras de povos originários. Segundo o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, essa medida foi fundamental para assegurar a conformidade do novo marco com a legislação federal e com compromissos internacionais assumidos pelo Brasil. A articulação entre os entes federativos, outro tema sensível, também foi contemplada. Enquanto o PL previa a possibilidade de os estados adotarem regramentos específicos, havia receio de que isso levasse a padrões muito diferentes entre os territórios, podendo gerar distorções competitivas ou mesmo uma “corrida regulatória”. O decreto manteve a autonomia dos estados, mas estebeleceu que qualquer regra específica deverá respeitar parâmetros mínimos de proteção ambiental definidos em âmbito federal. Dessa forma, buscou-se equilibrar a flexibilidade regional com a necessidade de uniformidade nacional. Por fim, deve-se registrar que o decreto avançou ainda em aspectos operacionais. Foram incluídas diretrizes para reforçar a capacitação dos técnicos responsáveis pelo licenciamento e para ampliar o uso de sistemas informatizados, com objetivo de reduzir a dispersão de informações e permitir maior transparência e previsibilidade. O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima ressaltou que essas medidas eram fundamentais para garantir que a agilidade pretendida pelo PL pudesse ser alcançada sem comprometer as salvaguardas ambientais. Conclusão As mudanças incorporadas ao decreto presidencial refletem um esforço claro de conciliar diferentes expectativas. Ao atender às principais recomendações do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, o texto final eliminou flexibilidades que poderiam comprometer a integridade do processo de licenciamento, especialmente em temas como dispensa automática, aprovação tácita e utilização indiscriminada de estudos simplificados. Ao mesmo tempo, foram preservados instrumentos capazes de conferir maior agilidade e eficiência, como o licenciamento por adesão nos casos de baixo impacto, a simplificação procedimental e o uso de tecnologia. Trata-se, portanto, de um avanço importante no sentido de modernizar o licenciamento ambiental no Brasil, mantendo o equilíbrio entre desenvolvimento e proteção ambiental – princípio essencial para qualquer política pública contemporânea.
Um cavalo branco pasta na grama em uma floresta escura com árvores altas.
4 de agosto de 2025
As florestas são muito mais do que meras coleções de árvores; são ecossistemas dinâmicos e complexos que desempenham um papel insubstituível na manutenção da vida e do equilíbrio ambiental em nosso planeta. De florestas tropicais úmidas a densas florestas boreais, passando por florestas temperadas e manguezais costeiros, cada tipo de floresta contribui de maneira única para a saúde global. Compreender sua importância multifacetada é crucial para a construção de um futuro verdadeiramente sustentável. Reguladores Climáticos Globais Um dos serviços ecossistêmicos mais vitais prestados pelas florestas é a regulação climática. Através da fotossíntese, as árvores absorvem grandes quantidades de dióxido de carbono (CO2), um dos principais gases de efeito estufa, e liberam oxigênio. Esse processo as torna sumidouros de carbono essenciais, mitigando o aquecimento global. Por exemplo, a Floresta Amazônica, a maior floresta tropical do mundo, armazena bilhões de toneladas de carbono e influencia os padrões climáticos de todo o continente sul-americano, inclusive a formação de chuvas em regiões distantes. Da mesma forma, as vastas florestas boreais (taiga) que se estendem pela América do Norte, Europa e Ásia, embora em climas mais frios, também representam um gigantesco reservatório de carbono, especialmente em seus solos ricos em matéria orgânica. Guardiãs da Água As florestas desempenham um papel central no ciclo hidrológico, influenciando a disponibilidade e a qualidade da água. Elas atuam como esponjas naturais, absorvendo a água da chuva e liberando-a gradualmente para rios e aquíferos, o que ajuda a prevenir inundações e a manter o fluxo de água durante períodos de seca. Suas raízes estabilizam o solo, prevenindo a erosão e o assoreamento de corpos d'água. Um exemplo claro é a Floresta da Bacia do Congo, que, assim como a Amazônia, contribui para a formação de chuvas e a manutenção de vastos sistemas fluviais que abastecem milhões de pessoas e ecossistemas dependentes da água. Em regiões temperadas, como as florestas de sequoias na Califórnia, a densa vegetação ajuda a reter a umidade do solo e a regular o fluxo de riachos, essenciais para a vida selvagem e o abastecimento humano. Santuários de Biodiversidade As florestas são os maiores reservatórios de biodiversidade terrestre, abrigando uma vasta gama de espécies de flora e fauna. Embora cubram aproximadamente 30% da superfície terrestre, elas concentram mais de 80% das espécies de anfíbios, 75% das aves e 68% dos mamíferos conhecidos. A diversidade biológica é fundamental para a resiliência dos ecossistemas e para a descoberta de novos recursos. A Floresta Atlântica, no Brasil, é um hotspot de biodiversidade global, com altíssimos níveis de endemismo, abrigando espécies únicas como o mico-leão-dourado. As florestas tropicais da Indonésia e Malásia são lares para orangotangos e tigres, além de uma miríade de plantas com potencial medicinal ainda inexplorado. Mesmo as florestas de eucalipto na Austrália, com sua biodiversidade mais especializada, sustentam ecossistemas complexos e espécies icônicas como os coalas. Provedoras de Recursos e Valor Cultural Além dos serviços ambientais, as florestas fornecem uma gama de recursos naturais essenciais para a subsistência humana e o desenvolvimento econômico. Isso inclui madeira, alimentos (frutas, nozes, cogumelos), fibras, plantas medicinais e outros produtos não madeireiros. Muitas comunidades tradicionais e indígenas em todo o mundo dependem diretamente das florestas para sua sobrevivência e cultura. Por exemplo, as florestas de coníferas na Escandinávia são uma fonte vital de madeira para a indústria madeireira e de papel, enquanto as florestas de bambu na Ásia fornecem material para construção, artesanato e alimentação. Além disso, as florestas possuem um valor cultural e espiritual profundo para diversas sociedades, sendo locais de rituais, tradições e conexão com a natureza. Elas também oferecem oportunidades para o ecoturismo, a pesquisa científica e a educação ambiental, gerando benefícios socioeconômicos. Desafios e o Caminho para a Sustentabilidade Apesar de sua importância, as florestas globais enfrentam ameaças crescentes, como desmatamento para agricultura e pecuária, exploração madeireira ilegal, incêndios florestais e mudanças climáticas. A perda de florestas não apenas libera carbono na atmosfera, mas também compromete a biodiversidade, a disponibilidade de água e a resiliência dos ecossistemas. No entanto, há um crescente reconhecimento da necessidade de proteger e restaurar esses ecossistemas. Iniciativas de reflorestamento, manejo florestal sustentável, criação de áreas protegidas e o desenvolvimento de políticas de conservação são cruciais. A colaboração entre governos, comunidades locais, setor privado e organizações não governamentais é fundamental para reverter a degradação e garantir que as florestas continuem a prosperar. Conclusão: Investindo na Natureza para um Futuro Resiliente As florestas são, em sua essência, os pilares da sustentabilidade global. Elas regulam nosso clima, purificam nossa água, abrigam a maior parte da vida terrestre e fornecem recursos vitais. Proteger e restaurar as florestas não é apenas uma questão ambiental, mas uma estratégia fundamental para a segurança hídrica, alimentar e climática da humanidade. Ao investir na conservação e no manejo sustentável desses ecossistemas, estamos investindo em um futuro mais resiliente, equitativo e próspero para todos. As soluções baseadas na natureza que as florestas oferecem são indispensáveis para enfrentar os maiores desafios do nosso tempo e construir uma relação harmoniosa entre a humanidade e o planeta.
A humpback whale is swimming in the ocean.
16 de julho de 2025
Todos os anos, entre os meses de julho e novembro, um espetáculo silencioso e majestoso toma conta do litoral brasileiro — a migração das baleias, em especial das jubartes, que escolhem nossas águas para descansar, acasalar e, muitas vezes, dar à luz. Aqui, na região de Arraial do Cabo (RJ), esse fenômeno natural pode ser vivido de perto, com sorte e respeito, através do avistamento desses animais incríveis em seu habitat. O Instituto Luísa Pinho Sartori convida todos a participarem de uma saída especial de observação de baleias no dia 26 de julho, com o objetivo de promover a educação ambiental e o encantamento pela biodiversidade marinha. Quais baleias passam por aqui? As espécies mais comumente avistadas na costa fluminense são a baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae) e a baleia-de-bryde (Balaenoptera brydei). A jubarte é a estrela da temporada de inverno: adulta, pode chegar a 16 metros e pesar mais de 40 toneladas. É conhecida por seus saltos acrobáticos e pelos longos cantos emitidos pelos machos, que podem durar até 20 minutos. Já a baleia-de-bryde, observada com frequência em Arraial do Cabo em anos anteriores, é uma espécie de hábitos mais costeiros. Ela pode ser vista durante todo o ano, especialmente nas estações mais quentes, alimentando-se de cardumes de sardinhas e outros peixes pelágicos. Seu corpo esguio e as três cristas na cabeça ajudam a distingui-la de outras baleias. Por que elas estão aqui? Esses gigantes do mar percorrem milhares de quilômetros todos os anos. As jubartes, por exemplo, vêm das águas geladas da Antártida, onde se alimentam durante o verão. Quando o inverno se aproxima, elas sobem para águas tropicais e subtropicais, como as do litoral brasileiro, para se reproduzir e parir em águas mais quentes e protegidas. O litoral do estado do Rio de Janeiro, especialmente a região de Arraial do Cabo, se tornou rota importante dessa migração por oferecer águas relativamente calmas e ricas em vida, além de um ambiente propício ao descanso dos animais. Apesar de incomum, em junho de 2024 um raro e emocionante acontecimento marcou a costa do Rio de Janeiro: o nascimento de um filhote de baleia-jubarte nas águas próximas à Praia da Barra. O registro, feito por banhistas e biólogos, chamou a atenção, já que as jubartes costumam. O nascimento do filhote (apelidado carinhosamente de Bossa Nova) foi celebrado como um sinal positivo da recuperação da espécie e também um alerta sobre a importância da preservação dos oceanos e da vida marinha. Uma história de conservação bem-sucedida Há poucas décadas, avistar uma jubarte na costa brasileira era raríssimo. A caça comercial havia levado a espécie à beira da extinção. Mas graças à proibição da caça de baleias no Brasil, em 1987, e ao esforço contínuo de conservação, a população de jubartes se recuperou de forma impressionante — de cerca de 2 mil indivíduos para mais de 25 mil atualmente. Um convite à contemplação e ao respeito Observar uma baleia em liberdade é uma experiência transformadora — e também uma ferramenta poderosa de educação ambiental. Ao promover esse avistamento, o Instituto reafirma seu compromisso com a valorização da biodiversidade e a sensibilização das pessoas para a importância de proteger nossos oceanos. Participe conosco no dia 26 de julho e venha testemunhar a beleza das gigantes do mar!
Um grupo de jovens convervacionistas está trabalhando em um jardim.
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